Tô com saudade daquele abraço. Aquele abraço que só encontrava nesses braços. Daquele jeito amoroso que cabia cada vez mais amor e cumplicidade. Saudades das conversas frouxas e dos risos desconcertados, falho, com uma sinceridade pura, quase imaculada. Um amor puro...
Tô com saudades daquele cheirinho de comida fresca, beijo grátis e comunhão. Daquela sopa de brincadeiras e de aconchego de um beijo sem mágoas. Da união que estabelecida por um laço quase sobrenatural.
Saudade daqueles dias alegres, dos convívios familiares, das reuniões acidentais. Do poder irreal de juntar todas as mentes tão diferentes. Uma saudade arrebatadora! A falta e a percepção do que não se pode ter nunca mais.
Saudade dos melhores sorrisos, do aroma da capacidade de desejar o bem mesmo sem receber de volta todo o bem. Saudade da simplicidade estampada nas janelas da alma e do carinho exposto pela porta do coração. Saudade do que já foi sentido, porém, agora, é recordação.
Tô com saudades de sentir saudades e de não ver a hora do tão esperado encontro. Encontro, esse, que seria o melhor por meses e que nada se compararia por ser tão especial. E que, apesar de se passar tanto tempo até que ele se repetisse, a chama do afago nunca se apagava. Hoje, remete ao frio que vem lá do sul... E a saudade, brasa viva.
Vez em sempre bate aquele aperto no peito, uma alfinetada na cabeça e um oceano de lágrimas. A saudade bate e machuca. Não bate como um tapa mas machuca tanto quanto. Arranca toda a bondade de espírito e faz mergulhar no abstrato da tristeza. Ah, que saudade!
Homenagem póstuma à minha vovozona, Lucinete Arruda. Hoje faz duas semanas que ela se foi...
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